Uma pesquisa realizada com o objectivo de comparar o perfil sociodemográfico e clínico das crianças infectadas pelo genótipo G1P[8] entre os períodos pré e pós-vacinal sugere uma avaliação da efectividade da vacina na redução da gravidade da infecção pelo genótipo em alusão.
A sugestão acima é uma recomendação que decorre do facto de a referida pesquisa ter constatado que a frequência de infecção em crianças dos 24-59 meses e as manifestações clínicas, tais como olhos encovados, número de episódios de diarreias e vômitos, foram maiores no período pós-vacinal em relação ao pré-vacinal.
Denise Saúte, investigadora do Instituto Nacional de Saúde e autora do estudo, disse, durante a apresentação do trabalho em referência, que em 2016 a diarreia foi considerada a quinta maior causa de morte em crianças menores de 5 anos, sendo o Rotavírus A o agente etiológico responsável por 128.500 mortes no mundo. E, para combater a doença, foram criadas vacinas, algumas das quais em uso no país.
O estudo foi realizado entre 2014 e 2019, sendo que o período pré-vacinal compreendeu o espaço entre 2014 e 2015, e o pós-vacinal se situou entre 2016 e 2019. Os resultados da pesquisa foram apresentados esta quinta-feira, segundo dia das XVII Jornadas Nacionais de Saúde, que na cidade de Maputo sob lema “Promovendo a segurança sanitária e o desenvolvimento sustentável através da investigação científica transdisciplinar”.